sábado, 28 de novembro de 2009

2012


Muito tem se comentado sobre o filme "2012", dirigido por Roland Emmerech ("O Dia Depois de Amanhã" e "Independence Day") atualmente em cartaz nos cinemas. A grande polêmica em volta do filme (e que sem dúvida foi a alavanca para o mega sucesso) é por retratar uma antiga profência Maia que prevê que o mundo tem data de validade, e é exatamente dia 21/12/2012. Esta data foi estabelecida no calendário Maia, um calendário que principia a contagem do tempo em 11 de agosto do ano 3114 a.C.

Os astrônomos desta singular cultura pré-colombiana previram para 2012 atividades cósmicas impactantes para o planeta Terra. Quando chegar esta época, o Sol deverá sofrer violentas tempestades emitindo poderosas chamas e partículas cuja potência alcançará este planeta azul causando o colapso de campos de campos magnéticos que certamente produzirão danos nos satélites e outros dispositivos eletrônicos.

Esta violenta atividade solar é confirmada por astrofísicos, incluindo os da NASA que, não obstante, negam que tal acontecimento possa significar algum tipo de fim do mundo. Segundo os cientistas, as tempestades solares intensas que, de fato, são periódicas, estão previstas para acontecer entre 2011 e 2012. Outros estudioso, porém, acreditam que a atividade do solar, em 2012, também vai provocar uma mudança significativa na inclinação do eixo da Terra produzindo, em conseqüência, atividades geológicas de proporções catastróficas, o que justificaria a idéia de um fim dos tempos.


O Filme

Como profecias sozinhas não conquistam a empatia do espectador, o filme conta com dois núcleos dramáticos, que se desenvolvem paralelamente a fim de encontrar uma solução para escapar da exterminação geral da humanidade. Por um lado, temos o governo norte-americano que, sob a liderança de seu presidente (Danny Glover), formou uma equipe de cientistas que tenta impedir as catástrofes naturais iminentes.

Paralelamente, temos Jackson Curtis (John Cusack), autor de um livro que não encontrou muito sucesso e, atualmente, trabalha como motorista de limusine. Com sua ex-mulher, Kate (Amanda Peet), tem dois filhos, Noah (Liam James) e Lily (Morgan Lilly). O fim do mundo ocorre justamente quando o escritor sai para acampar com os filhos no parque nacional Yellowstone, um dos focos de eclosão dos desastres naturais, levando Curtis e sua família a ter seus caminhos cruzados com os cientistas norte-americanos.

2012 tem todos os elementos que formam filmes do gênero catástrofe: um mocinho “gente como a gente” que supera dificuldades por uma causa maior; o presidente norte-americano disposto ao sacrifício; o cientista que tenta alertar sobre os perigos que podem destruir a Terra, mas nunca ganha a atenção que deveria; uma criança carismática; um maluco que no fundo tem razão (Woody Harrelson, numa atuação realmente inspirada e hilária). Mas o filme de Emmerich ainda traz toques de humor quase negro. O diretor parece se divertir com o fim do mundo. E tem razão: não é qualquer um que pode abraçar uma teoria apocalíptica que realmente existe e desenvolver um roteiro, utilizando um nada modesto orçamento de US$ 260 milhões.

2012 não deve ser encarado como um filme que sublinhe ou explique melhor a tal da profecia Maia, mas sim como puro entretenimento hollywoodiano. Tem um humor espirituoso, abusa dos clichês – o que pode incomodar os espectadores cansados de filmes apocalípticos como este – sabe utilizar muito bem dos recursos digitais disponíveis no mercado e tem excelentes sequencias de ação. Mas, por via das dúvidas, caso interesse, veja antes de 21 de dezembro de 2012.



Fontes: www.cineclick.com.br / www.mortesubita.org